sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Aquário Marinho - Cálcio Outro Elemento Fundamental. Parte 3

Solubilidade do Carbonato de Cálcio no Aquário Marinho

São muito interessantes os resultados da sobre saturação do Carbonato de cálcio em nossos aquários.
Um desses efeitos que muitas pessoas rapidamente notam na manutenção de um aquário de corais é que os aquecedores e outros objetos que esquentam são visto coberto por uma camada de sólidos sobre eles.

Por que isso acontece?

Este sólido é principalmente formado por carbonato de cálcio. Claro que tem outros cristais também como magnésio e outros metais, fosfato e outros anions e etc. Existem duas razões pra isso acontecer, sendo que a primeira não é nada óbvia.

A primeira razão de o carbonato de cálcio precipitar no aquecedor é simplesmente pelo fato que o carbonato de cálcio na água marinha é ligeiramente menos solúvel com a elevação da temperatura. Visto que carbonato de cálcio já é sobre saturado, o efeito é que quando a água é aquecida, a sobre saturação do carbonato de cálcio se eleva, provavelmente aumentando a precipitação.

Por conseguinte, se um tanque tem uma sobre saturação de cerca de 3 para a aragonite e 5 para a calcita a 25 ° C (tipicamente para a água do mar), em seguida a 40 ° C a sobre saturação aumentou para cerca de 3,3 e 5,2, respectivamente. A 80 ° C, esta sobre saturação aumentou para 5,4 e 6,8, respectivamente. Uma vez que a sobre saturação tem aumentado, a probabilidade de precipitação aumentou, e este aumento é parte da explicação da razão pela qual a precipitação tem lugar em aquecedores.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Aquário Marinho - Cálcio Outro Elemento Fundamental. Parte 2

Cálcio – Precipitação do cálcio, quando pode ocorrer?

Existem situações em que o carbonato de cálcio pode precipitar.
Vamos a elas:

1)      Adição de cristais de carbonato de cálcio.
Em muitos casos esta ação irá iniciar a precipitação do carbonato de cálcio e também do magnésio. Esta precipitação só cessará após toda a sobre saturação ter acabado
2)  Pode ocorrer quando os níveis de carbonato de cálcio sobem anormalmente empurrados pelo aumento do PH, da temperatura ou dos próprios carbonato ou cálcio.

Toda vez que o carbonato de cálcio entra no sistema, quer por adição intencional do aquaristas quer seja por meio natural (inserção de areia no tanque), dá início ao processo da precipitação imediatamente. O interessante é que muitas coisas param a precipitação na água do mar, e a chuva é uma delas. Sem este processo seria pouco provável a saturação da água o que faria com que corais tivessem que fazer um esforço incomum para não dissolver.

O que acontece com o processo contínuo de precipitação do cálcio?
A primeira coisa que ocorre na água do mar normalmente é o provável impacto sobre o magnésio, ocorrendo duas situações críticas:

1) O magnésio aprisiona o íon de carbonato e reduz a concentração livre, reduzindo assim o risco de    precipitar o carbonato de cálcio.
2) O magnésio entra em contato com o cristal CaCo3 envenenando ele a nova precipitação do  carbonato de cálcio.

Na prática, quando é muito alta a precipitação, vê-se como se fosse uma nuvem esbranquiçada na água.

Estes dois processos atuam para inibir a precipitação do carbonato de cálcio. Sendo que o primeiro atua na solubilidade da solução e o segundo não. O interessante é que a solubilidade do carbonato de cálcio na água marinha é 26 vezes maior do que na água doce quando na mesma temperatura, e, o efeito do magnésio é uma dessas razões.  No segundo processo, não se faz qualquer solubilidade do carbonato de cálcio. Na verdade, em certo sentido, ele inibe o caminho entre o íon do cálcio solúvel  e do carbonato sólido que se formam.


Outro processo que inibe a formação de cristais de carbonato de cálcio no aquário envolve tanto o fosfato como os compostos orgânicos que se prendem ao cristal inibindo assim como o magnésio o faz. Obviamente que os processos no mar são diferentes do que acontecem no aquário, visto que os compostos orgânicos bem como o fosfato estão em quantidade maiores do que os que ocorrem no mar.


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Aquário Marinho - Cálcio Outro Elemento Fundamental.

Aquário Marinho - Cálcio Outro Elemento Fundamental.



Cálcio é outro elemento de fundamental importância em um aquário de corais. Ele é responsável por uma variedade de estruturas incluindo esqueletos e conchas de muito corais e outros organismos.
Assim precisamos entender como o cálcio afeta nas estruturas biológicas, bem como nas rochas e areias e como ele se relaciona com outros íons, como o fosfato, por exemplo.
Vamos tentar abordar esses diversos tópicos ao longo de alguns artigos.

Cálcio e a Água marinha.
Este é um dos maiores íons na água marinha e esta presente numa quantidade de 410ppm ou, parte por milhão.
Claro que esse valor pode varia pra mais ou pra menos dependendo de uma série de fatores, como por exemplo, locais onde possuem grandes rios que desembocam no mar.
Também é enriquecido por fonte hidrotermais encontrados no fundo do leito dos oceanos.
Um dado interessante sobre o cálcio é que frequentemente ele ocorre em maiores concentrações nas águas profundas do oceano do que na superfície. Isso ocorre principalmente pela pressão devido ao fato dos íons de cálcio e carbono estarem ligados diretamente aos íons da água.

Estado Químico do Cálcio na água do Aquário.


O cálcio num aquário marinho deve ser o mais próximo possível do encontrado na água do mar. Obviamente o cálcio é facilmente complexado por muitos compostos orgânicos, e quando presente, formam quelatos, ou seja, agrupamentos de cálcio biomoleculares que são responsáveis pela formação calcária dos animais. Alguns são naturais tais como os carboidratos e proteínas e podem estar presente em maior ou em menor quantidade do que no oceano. Alguns aquaristas, intencionalmente ou não, podem acrescentar compostos tais como EDTA, ácido cítrico, ácido ascórbico, e outros. Obviamente que o íon de cálcio irá se ligar a compostos orgânicos no aquário, agora como isso vai ocorrer ira depender de cada tanque.

Na próxima postagem vamos falar sobre como ocorre a precipitação do cálcio.

Até lá.


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Aquário Marinho – PH e a Alcalinidade.

Como já vimos em outro post, a alcalinidade é definida pela quantidade de acido (H+) necessário para mudar o PH de uma amostra para um valor específico.
Assim sendo precisamos entender o que pode alterar a relação entre o PH e a alcalinidade, como o dióxido de carbono pode alterar o PH, como a estabilidade da alcalinidade e o PH reagem com o aquário de corais e o que é buffer.

A Alcalinidade e o PH
Para começarmos a descrever isso é preciso entender que para essa matemática os valores relacionados aos Borato, Silicato, Fosfato, Hidróxido e outros elementos não são levados em conta visto que na verdade eles não têm valor significativo para uma análise proporcional, visto que representam menos de 4% do poder da alcalinidade. Enquanto que o bicarbonato e o carbonato representam 96,5% do valor composto da alcalinidade.
A Alcalinidade Carbonato (AC) é definida pela fórmula: AC = [HCO3-] + 2[CO3--]             
Onde “X” medidas de concentração de carbonatos (CO3--) é contado duas vez por contribuir duas vezes na unidade da alcalinidade para cada unidade de concentração. A relação da quantidade de bicarbonato e carbonato para o PH é bem definido se o sistema esta em equilíbrio com a atmosfera. Então temos:
Ac = (K1KHPCO2 / [H+]) + 2(K1K2KHPCO2 / [H+]2)

Obviamente que essa é uma fórmula básica, somente com o intuito de exemplificar a relação do bicarbonato e carbonato.
Outras interações ocorrem para a alteração do PH como CO2, ácidos e assim por diante.

Bem, vamos ao que interessa.....

O que é BUFFER?
A realidade é que esse termo Buffer ou Buffering não é um termo apropriado para se relacionar com o efeito tampão em um aquário. É bem verdade que esse termo tem sido usado amplamente no mundo da aquariofilia, porém, recentemente têm-se caído em desuso. Embora muitos aquaristas usem bicarbonato de sódio ou carbonato de sódio como suplemento para alcalinidade, na verdade nenhum desses pode ser considerado, verdadeiramente, como buffer para efeito tampão.
O buffer é algo que ajuda a minimizar os efeitos da variação do PH na presença de soluções  ácidas ou bases. Sem o buffer as variações no PH seriam muitas com qualquer adição de soluções acidas ou bases, e como vimos o próprio CO2 pode alterar o PH.
O buffer, ou efeito tampão, é quase sempre constituído por duas partes: bicarbonato de cálcio e carbonato de sódio. Eles em conjunto na água do mar mantêm o PH por volta dos 8,0 – 8,4. Quanto maior for o PH maior a chance de ter precipitação do carbonato de cálcio ou o cálcio propriamente dito e o magnésio.
O mais importante num aquário marinho é que o buffer possua as duas partes, bicarbonato e carbonatos. Esses irão impedir que ocorram variações significativas no PH, e quanto maior a alcalinidade carbonato em um aquário, menor será os efeitos na variação no PH.
Porém, valores muito alto de alcalinidade podem causar dificuldades para alguns corais colorirem, principalmente se estivermos utilizando fonte extra de carbono para as bactérias. Mas isso é um outro assunto.
Sem sombra de dúvida, alcalinidade e PH são uns dos itens mais importantes em um aquário marinho, juntamente com cálcio, temperatura, densidade e incluiria nessa lista também o magnésio.


Para mais informação,

Fonte de matéria - Advanced Aquaristc.

segunda-feira, 9 de junho de 2014


Conhecendo mais sobre Alcalinidade – Aquário Marinho. (Continuação....)

Por que Alcalinidade é importante?
Depois de termos uma visão geral do que é alcalinidade, podemos entender porque a alcalinidade é tão importante para o aquário de recifes de corais.
                Corais e outros organismos depositam carbonato de cálcio em seus esqueletos e outras partem de seus corpos. Para isso, eles geram na superfície cálcio e carbonato através dos cristais de carbonato de cálcio.
                Bem, talvez alguns podem se perguntar: Não seria mais fácil medir a quantidade de carbonatos e de cálcio?
                Pode até ser, porém, não há como medir o carbonato sem cruzar a informação com o PH como um teste de alcalinidade faz e segundo  que os corais podem usar realmente o bicarbonato em vez do carbonato como sua melhor fonte de carbono, separando H+ e CO3--. Então o que o teste de alcalinidade faz, é medir a quantidade total de bicarbonatos e carbonatos visto que esses elementos compõem a maior parte dos elementos para alcalinidade.

Medidas para Alcalinidade.

                Existem muitas unidades de medição para alcalinidade e isso causa grande confusão. A medida mais usada cientificamente é a mili equivalentes por litro (meq/l) que na prática é a medida da solução de bicarbonato equivalente a 1 milimolar em 1 meq/l de alcalinidade. Uma vez que o carbonato pega dois prótons para cada molécula de carbono, podemos dizer que uma solução de carbonato de 1 milimolar tem uma alcalinidade de 2 meq/l.
                Para converter uma alcalinidade medida em ppm  de CaCO3 basta dividir por 25 para obter o valor em meq/l.
                Há também o termo alemão dKh, ou simplesmente, KH.  Na verdade esse tipo de testes  medem a alcalinidade total. Assim quando estamos medindo KH estamos medindo na verdade alcalinidade total.

                Para converter KH em meq/l basta dividir KH por 2,8 e se obtém o valor em meq/l.

Na próxima postagem falarei como a alcalinidade interagem com o PH.


Até a próxima....

fonte de matéria: http://www.advancedaquarist.com/2002/2/chemistry

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Conhecendo mais sobre Alcalinidade – Aquário Marinho.
Muitos aquaristas sabem que precisam medir a alcalinidade e que ela tem alguma coisa a ver com o carbonato. Mas surgem algumas pergunta interessantes que precisamos dar uma olhadinha de cima para podermos entendemos  o que é alcalinidade e como isso afeta os nossos aquários.

O que é Alcalinidade?
                Alcalinidade é definida em diferentes tipos e diferentes aplicações. De forma geral podemos dizer que alcalinidade é a quantidade de ácido (H+) é necessário para baixar o PH para um nível específico.

Alcalinidade Total (AT).
                Alcalinidade total é definida a uma quantidade de ácido necessário para baixar o PH de uma amostra para um ponto onde todo o bicarbonato (HCO3-) e o carbonato (CO3--) pudessem ser convertidos para acido carbônico (H2CO3).
                A fórmula a seguir mostra o que acontece com o bicarbonato e ao carbonato quando o acido é adicionado.
                1 – H+ + CO3 = HCO3-
                2 – H+ + HCO3- = H2CO3

                Isso pode acontecer porque independentemente do PH, sempre terão algum bicarbonato e algum carbonato, pois em alguns PH existem suficientes prótons (H+) na solução que se eles forem combinados com os bicarbonatos e os carbonatos presentes na solução, eles poderão serem convertido em acido carbônico.

A Química Natural da Alcalinidade.
               
Espécie Química
Relativa Contribuição para Alcalinidade.
HCO3- (bicarbonato)
89,8
CO3 -- (carbonato)
6,7
B(OH)4   (borato)
2,9
SiO(OH3) (silicato)
0,2
MgOH+ (monohidroxilante de magnésio)
0,1
OH- (hidróxido)
0,1
HPO4 e PO4 (fosfato)
0,1

                As principais espécies químicas que contribuem para a alcalinidade da água marinha são os bicarbonatos e carbonatos.  A tabela acima (Frank Millero; 1996) mostra a contribuição para alcalinidade dos maiores construtores da alcalinidade na água marinha em PH 8.

                Outras espécies podem contribuir em certas situações onde haja regiões anóxicas como os NH4+ (amônio) e HS- (sulfeto).

(Continua....)

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Sopa de letrinha – Aquário Marinho

                Hoje vou começar a falar sobre um assunto que muita gente não gosta muito de se aprofundar ou acham que é tão difícil, que acaba espantando  a s pessoas do hobby. Esses são os parâmetros químicos da água.
                Pretendo cada dia falar um pouco sobre cada elemento, mas além de fazer uma abordagem generalizada com o objetivo de simplesmente de dizer o que é e quais são os dados ideais, falarei também sobre como eles se interagem e como eles interferem com os seres.
                Numa primeira abordagem falarei sobre os seguintes elementos: PH, KH ou Alcalinidade, Salinidade ou Densidade, Nitrito, Nitrato, Amônia, Cálcio e Magnésio.
                Mais pra frente ainda irei abordar outros elementos tais como: Iodo, Potássio, Ferro, ORP e mais alguns.
                Vamos começar pelo básico – PH.


PH e o Aquário Marinho

O que é PH?
                PH literalmente significa Potencial Hidrogiônico, que na prática significa que um meio é alcalino (base) quando é > 7, neutro quando é 7 ou ácido quando o valor é < 7. Essa faixa varia entre 0 e 14.
                Os peixes ornamentais estão concentrados num PH que varia de  5.5 a 8.4, claro dependendo da espécie e do meio em que vive.

Qual o valor ideal para o aquário marinho?
                O PH no aquário marinho pode variar entre 7.8 a 8.5, mas o ideal que fique estabilizado em 8.1 a 8.3. Porém, na natureza esse valor  fica em torno de 8.0 a 8.3 dependendo do ecossistema onde é medido.

Como medir o PH?
                Existem diversos tipos de testes de PH. Fitas coloridas, testes de com componentes químicos que variam na cor para expressar a leitura do PH, e hoje em dia existe os teste eletrônicos que são bem simples de serem realizados. Qual é o melhor? Os químicos de marcas bem conceituadas com certeza expressam bem o que acontece no aquário, porém, os eletrônicos contribuem bem para uma leitura mais dinâmica.

Breve Explicação:
O PH é a relação direta entre dois íons, o de Hidrogênio (H+) e Hidróxido (OH-). Quanto maior a concentração de H+ menor a de OH-. Quando esses valores são iguais, isso significa que temos um meio neutro, e quanto maior a concentração livre de íons de H+, mais acida é a solução a ser medida.
Os seres vivos são extremamente influenciados pelo PH, especialmente os peixes. Essa característica química da água influencia diretamente na osmoregulação, que é a grosso modo, a capacidade das células de ganhar ou perder água. Além disso, o PH afeta como os organismos marinhos, como corais e invertebrados, irã fixar o Cálcio e Carbonato de cálcio em suas estruturas.

Dicas:
O PH varia durante o período de 24h. Quando alimentamos os peixes costuma cair um pouco, quando desligamos a luz também. Isso se deve ao fato de o sistema conter maior quantidade de CO2 que acaba “roubando” carbonato e diminui o efeito tampão.
Algumas pessoas têm usado os filtros ATS (Algae Turf Scrubber – simplesmente, filtro de algas) com foto período invertido, o que garante que haja menos flutuação deste parâmetro e ainda contribui para uma filtragem de nutrientes muito eficiente.  
É de suma importância que qualquer ajuste, quer seja para acido quer seja para base, seja feito muito lentamente. Lembre-se que os peixes e outros organismos como as bactérias, estão lá e necessitam de estabilidade no sistema.

Para manter o PH o mais estável possível, mantenho o KH sempre acima de 7dKH ou 2.5 meq/l

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Aquário Marinho – Rochas...
Quando o assunto passa para a área da decoração, passamos a nos preocupar com que tipo de materiais iremos usar no aquário. Claro que isso depende muito do gosto de cada um e o bolso também. 
Não vou entrar na questão decorativa e sim na função das rochas num aquário marinho. É claro que vai ter aqueles que vão citar um famoso programa onde os caras enchem o aquário de variados materiais para decorar o aquário com um tema específico, mas cá pra nós... Fica artificial de mais, mas como eu falei, é questão de gosto e cada um faz conforme gosta.

Mas voltando as rochas...

                Existem diversos tipos de rochas no mercado para se adquirir, como as rochas plásticas, se é que se pode chamar de rochas, rochas artificiais feitas com material calcário, rochas Zanzibar que são retiradas das Filipinas e são totalmente legalizadas, rochas naturais, o próprio nome já diz, e as rochas vivas que nada mais são que rochas formadas pelo aglomeramento de materiais mortos que se junto graças as ações das algas calcárias. Essa última é a melhor para o aquário pois são leves, muito porosas e ainda contém uma infinidade de vidas nelas. Mas nem tudo são flores... Elas não têm sua venda autorizada pelo IBAMA e por isso não podem ser comercializadas. Parece que no Brasil só existe um grupo de pescadores que podem retirar essas rochas do mar de forma legal.
                Assim prefiro (gosto pessoal) usar a Zanzibar que embora sejam bem pesadas, todas as vezes que as usei tive bons resultados, como bom aporte para micro-vida e crescimento vertiginoso de algas calcárias.
                Nunca usei as de plástico, mas elas não fazem muito a minha cabeça. Sei lá, não gosto.

Layouts
                Existem diversos tipos de layouts possíveis como ilhas, paredes, vales, e assim por diante. Qual o melhor?
                Três fatores vão determinar isso.
·         Primeiro: gosto pessoal
·         Segundo: tipos de corais que irá adquirir para o aquário
·         Terceiro: quantidade e/ou vazão das bombas de circulação.

Corais do tipo SPS requerem maior circulação de água passando entre seus braços e seus pólipos para que os mesmo não acumulem sujeira entre eles e não percam tecido.
Corais do tipo LPS já não gostam muito de tanta circulação. Como seus tentáculos, em geral, são bem compridos, podem ser estendidos em direção a outros corais e causar-lhes dano.
Corais moles não apreciam muita movimentação.

Assim sendo quando formos montar o layout, é bom já ter em mente quais tipos de corais você pretende ter para assim saber onde colocar cada tipo de coral.
Exemplo de aquário com layout tipo vale

Aquário com frente recifal e laguna

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Substrato

Já ouviu alguém dizer que tem coisas que não dá pra discutir, como futebol, política, religião e alguns ainda citam mulher? Perdoem-me as mulheres. Mas é o que dizem...
O mesmo se dá quando o assunto é ter ou não ter substrato. Parece até uma questão Shakespeariana. Ser ou não ser, eis a questão...
Se você visitar fóruns, mesa de bar e assim por diante,  você vai ouvir pessoas defenderem, cada um, o tipo de substrato que acha melhor. É uma coisa de doido.
Como não quero criar problemas nem discutir o sexo dos anjos, chover no molhado, e assim por diante, vou apenas falar sobre cada tipo de montagem quanto ao substrato e quais são suas vantagens e desvantagens. Ai o amigo aquarista escolhe o que lhe convém sobre a melhor montagem.

Bare Bottom ou Fundo nu (BB) – Nessa montagem, muito visada por quem quer ter SPS, o fundo do aquário não tem nada nele. Não tem areia, aragonita ou qualquer outro tipo de substrato. Alguns, para melhorar a aparência geral do aquário, costumam colocar uma resina no fundo para não ficar direto no vidro.
Vantagem – Facilidade de limpeza e manutenção. Não tem sujeirinha pelo fundo, portanto não há acumulo de comida nem fezes de peixe. Para que isso ocorra, é necessário uma circulação estúpida para que a sujeira produzida pelo sistema possa ser levada até o sump e ser retirado pelo sistema de filtragem.
Nesse tipo de montagem há também necessidade de compor uma área específica para fixação das bactérias para que ocorra o ciclo do nitrogênio, ou seja, a sujeira seja transformada em nitrito, este seja transformado em nitrato e por fim seja transformado em nitrogênio. É bom salientar que em todos os tipos de montagem haverá essa necessidade, porém, nesse tipo de montagem a área para isso deve ser bem maior.
Desvantagem – Grande quantidade de circulação, área muito grande para criação de bactérias, quase não tem animais bentônicos vivos no display.



Shallow Sand Bed ou Cama de areia rasa (SSB) – Esta montagem é muito semelhante com a BB, porém, com algum substrato no fundo com o único objetivo decorativo.
Vantagem – Pouco gasto com o substrato, facilidade de manutenção do mesmo, e efeito decorativo melhor que o BB.
Desvantagem – Dependendo da granulometria, areia do fundo em suspensão  na água, pouca vida bentônica, grande área para criação de bactérias.



Deep Sand Bed ou Cama de areia profunda (DSB) – Nesse tipo de montagem, fazemos um substrato visando duas coisas principais. Criação de bactérias para de nitrificar o ambiente dar suporte para a micro vida que existe no aquário. Olhando assim parece uma maravilha, solução espetacular, supra sumo para o aquário. Sem sombra de dúvida a idéia é muito boa, mas nem tudo são flores. Para que o DSB funcione adequadamente é necessária uma montagem desse substrato com diversas granulometria e ter animais bentônicos para remexer esse substrato de forma eficiente. Se montar ele dessa forma, com certeza, vai funcionar muito bem.
Vantagem – Condição ideal para animais bentônicos e micro vida, com o tempo contribui para de nitrificação do ambiente reduzindo o nitrato e o fosfato.

Desvantagem – Se não for montado de maneira adequada aumentará muito a carga orgânica exigindo skimmer super potentes e muita sujeira suspensa no ambiente. Além disso pode diminuir o tempo útil do aquário drasticamente.



Leituras interessantes para fazer:


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Tipos de Montagem - Parte 2


Dando continuidade a montagem, vamos falar agora sobre a altura de um aquário e suas características.

Em geral a melhor altura para um aquário é que ele tenho no máximo 50 cm de altura. Por que isso?
Por dois motivos básicos:
1o – Fator Luz:
                A luz ela tem comportamento muito interessante quando se trata de capacidade de propagação no meio aquoso. Embora agora não tenha a intenção de entrar profundamente nesse assunto, precisamos conhecer um pouco essa propriedade a fim de saber como iremos tratar a altura dos nossos tanques.
                A luz tem como característica a melhor propagação em meio transparente. Imagine o ar. As ondas eletromagnéticas da luz, neste meio, se propagam a quase em índice 1, tendo pouca perda em pequena distância, ou seja, a luz consegue se propagar muito bem pelo ar. Já na água, isso não acontece. A água tem a propriedade de refratar a luz, ou seja, distorcer a luz e refleti-lá em velocidade e angulação diferente. Assim sendo, a luz tem grande perda quando se propaga no meio aquoso, principalmente quando ela esta em movimento constante na sua superfície. Além disso, os comprimentos de cores têm maior ou menor poder de penetração na água o que gera uma maior dificuldade para conseguir reproduzir a luz de melhor forma possível. Sendo assim, em aquário onde temos 70 cm, 80 cm, ou mais de profundidade, é necessário uma grande quantidade de energia para fazer com que a luz consiga se propague de maneira eficaz. E o que isso implica?
                Bem, maior energia, maior potência. Maior potência, mais calor. Mais calor, pior para nossos aquários marinhos. No final das contas, a conta de luz vai ficar na estratosfera. Por isso podemos dizer que um aquário de 50 cm de altura tem é uma boa escolha, pois assim podemos garantir uma boa propagação da luz sem grande necessidade de potência.

2o - Fator Manutenção:

                Imagine você tendo que limpar o fundo do aquário, colocar um coral, pegar algum peixe num aquário de 90 cm de altura. Você vai ter que colocar o braço até o sovaco e se bobear terá que colocar até a orelha dentro d’água. Não é uma situação muito boa, não é mesmo? Também tem o caso de que quanto mais alto o aquário, mais grosso o vidro tem que ser. Isso significa mais $$$ na caixa de vidro o armário terá que suportar mais peso.    

Algumas imagens de aquários bem montados que se encontra pela web.




quinta-feira, 3 de abril de 2014

Tipos de Montagens

Existe diversos tipo de aquários. Cubos, retangulares, circulares, octogonais e assim por diante. Todos eles são válidos e propícios para montagem de um belo aquário. O que determina qual o melhor é o bolso do sujeito e a “combinação” com o ambiente em que o aquário será inserido. Sem sombra de dúvida, os tipos retangulares são os mais comuns, mais fáceis de montar e mais baratos. Além dos tipos, existe também os tipos de montagens, se são com traves tipo francesa, trava transversa, sem traves e assim por diante. Claro, cada um tem sua finalidade e custo. Só para exemplificar, podemos construir um aquário de 100cm x 50cm x 50cm e colocarmos vidros com espessura de 10mm com traves tipo francesa e fazermos o mesmo aquário com vidros de espessura de 12mm sem traves. Esses são chamados rimless, ou seja, livre de bordas e sem traves. O visual desses aquários é sensacional, porém o custo geral da caixa de vidro aumenta um bocado.

Para determinarmos a melhor montagem precisamos definir como o aquário vai interferir com o ambiente onde esta inserida. Se por acaso você deseja que ele fique todo fechado em cima, ou seja, com tampa superior, podemos usar os tipos com traves. Se eles não terão tampa superior ai o melhor são os rimless.

Um ponto importante sobre aquários marinhos, principalmente os de corais, é que o mesmo não deve ser montado com trave transversa, pois isso iria influenciar no modo como a iluminação atuará sobre os seres vivos.  Outro ponto, aquários marinhos deve trabalhar com temperaturas mais amenas, em torno de 24oc a 28oc. Assim sendo, aquário com tampa todo fechado precisam de refrigeração adicional para não esquentar demais a água e dificultar a vida dos seres vivos.
Nesse sentido, algumas estratégias têm sido tomadas mais recentemente, são elas:
                1º - Montar o aquário em um ambiente bem arejado e fresco.
                2º - Tampas sem a parte superior para saída de ar.
                3º - Iluminação a base de LEDs.
    4º - Ventoinhas potentes para fazer circular mais ar e trocar a temperatura por evaporaçã com  o ambiente ou
    5º - Se as opções acima não funcionarem, podemos usar os chillers.

No próximo post iremos tratar mais pontos sobre a montagem. Até lá...

terça-feira, 1 de abril de 2014

Por conde começar? (Continuação)

O aquário marinho, ou de água salgada, definitivamente é o aquário, em minha opinião, mais bonito de todos, não só pela beleza de seus habitantes como também pela biodiversidade encontrada nele.
Cada dia que se passa se encontra mais vida dentro dele. São pequenas poliquetas, mini camarões, copépodes e muitos outros seres que são desde pequenas esponjas a animais bentônicos  (animais que vivem no substrato) e muitos outros.
Claro que esse esplendor da natureza em casa tem seu preço. Seu custo inicial é o mais elevado de todos os outros aquário já citados e sua manutenção é bem mais dedicado por parte do aquarofilista. Mas cá pra nós, vale a pena cada segundo investido nesse aquário.
Vamos tratá-lo em partes.

Classificação quanto às espécies.

Os aquários marinho podem ser classificados, de forma básica, em dois tipos. São eles:

Fish Only (Somente Peixe): É o aquário onde colocamos somente peixes. Nesse tipo de aquário o investimento e manutenção são bem menores. Podemos colocar várias espécies diferentes e algumas das quais não são aconselhadas para aquário com corais. Entre estas espécies podemos citar os peixes da família Pomacanthidae (peixe anjo) e Chaetodontidae (peixe borboleta)
Holacanthus ciliaris - Peixe anjo rainha

Pomacanthus imperator

Holacanthus passer

Chaetodon austriacus

Chaetodon semilavarctus
Chelmon rostratus - CooperBand



Peixes e Corais: Nesse aquário a coisa já muda um pouco de figura. Passamos a ter que selecionar as espécies de peixes que podem ser inseridos e como eles vão interagir com os corais. Além disso, os corais têm exigências específicas para cada tipo de coral. Mais pra frente iremos abordar mais de perto os tipos de corais.
Alguns corais...

Leather umbrella

Elegance coral

Min cloves blue japonico

Torch ponta amarela

Euphyllia ancora

Zoanthus

Zoanthus

Zoanthus

No próximo post falaremos mais sobre o aquário marinho.
Até lá.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Por onde Começar?

Existem diversos tipos de aquários.É necessário que se saiba que tipo de aquário você gostaria de ter, qual o seu tempo disponível e quanto se quer investir.
Existem 3 tipos de aquário, ou seja, aquário de água doce, água salobra e água salgada.
Cada um desses tipos podem se dividir em outros e cada um com sua beleza.
Vamos fazer um breve descritivo de cada um deles sem nos estendermos muito pois cada um será mais explanado com o tempo

Aquário de água doce:
Comunitário: São aquários onde se mantêm uma boa variedade de peixes. São mais fáceis de se manter porém, é menos atrativo. Normalmente são os aquários onde a maioria começa.

Biótipos: São aquário que reproduzem um biotipo específico. Como exemplo podemos citar os amazônicos, os de Discos e assim por diante. São aquário que necessitam de maior conhecimento técnico para poder se reproduzir as condições do biótipo.

Aquário amazônico

Aquário de Discos - foto da AquaHobby.


Plantados: São verdadeiros quadros vivos. Os peixes deixam de ser os "atores" principais e passa a ser coadjuvantes. São relativamente fáceis de se manter porém, exige-se maior tempo em montagem e manutenção 




Aquário de água salobra:
Ciclídeos africanos: São aquários onde o propósito principal é manter os chamados Ciclídeo africanos. São animais muito bonitos que geralmente vêm de dois lagos africanos. Esses peixes são mais agressivos e possuem coloração muito bonita. 



Amanhã falamos sobre os de água salgada.

Abraços...

sexta-feira, 28 de março de 2014

Introdução.......

Este blog tem como objetivo divulgar esse hobby que tanto fascina como nos alegra, que é o aquarismo.
Sem sombra de dúvida, é um hobby muito prazeroso mas acima de tudo educativo.
Muitos quando olham para um aquário bonito logo imaginam - "Isso deve dar um trabalho..." Mas não é bem assim
É isso que nós da AquariTech queremos mostrar.
A partir de hoje iremos postar várias dicas de como se ter um aquário bonito com o mínimo de trabalho possível. Além disso, queremos também mostrar que qualquer pessoa pode ter um aquário em casa.

Até o próximo post.